Nos meses de julho e agosto, os bancos Santander e Itaú Unibanco anunciaram diminuição das taxas de juros para financiamento de moradias. A causa desta ação é o saldo positivo do mercado imobiliário de janeiro a abril de 2017 e a previsão é de que melhore ainda mais no decorrer do ano. A queda de juros representa o principal fator para reaquecer o setor imobiliário com novos clientes nos próximos meses e novos empreendimentos a longo prazo.
A tendência entre as instituições financeiras é analisar casos individualmente, concedendo taxas mínimas de juros de apenas um dígito. Com a oferta de crédito imobiliário mais ampla, mais famílias podem ser beneficiadas com o sonho da casa própria independente da classe socioeconômica. Após 2 anos de queda, desde 2014, o setor imobiliário pode, enfim, começar a se reerguer.
O caso de Jundiaí
O município de Jundiaí, em São Paulo, tem registrado saldos positivos no setor imobiliário. Em levantamento realizado pela Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí e Região (Proempi), há um crescimento de 140% nas vendas de imóveis de janeiro a abril em 2017 com relação a 2016.
O crescimento, de acordo com especialistas, se deve à receptividade do consumidor em relação aos preços estabelecidos para 2017, levando em consideração também o valor do m² em Jundiaí, no valor médio de R$ 4.500, preço 40% menor que na cidade de São Paulo.
Visão social
A cidade de São Paulo está para receber mais de R$ 750 milhões em investimentos federais para obras de infraestrutura e moradia. Deste montante, R$ 50 milhões estão destinados ao Projeto Piloto de Locação Social para atender pessoas em situação de rua como forma de conceder acesso à moradia digna. Além disso, está prevista a construção de 1.951 novas moradias inclusas no Programa Minha Casa Minha Vida – FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) com investimento de mais de R$ 246 milhões.
Falkner Moreira
Produção de Conteúdo